Parlamentares enviam mandado de segurança ao STF contra execução obrigatória das emendas de relator em 2023

Parlamentares enviam mandado de segurança ao STF contra execução obrigatória das emendas de relator em 2023

Um grupo de congressistas enviou, nesta quinta-feira (30), um mandado de segurança ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspensão de trecho do relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que torna obrigatória a execução das emendas de relator (RP9) em 2023. Para os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que assinam o documento enviado à Corte, trata-se de uma proposta inconstitucional.

Aprovado na última quarta-feira (29) na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o relatório de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES) propõe que as emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto” devido à sua baixa transparência, tenham caráter impositivo no próximo ano. Na prática, isto significa que o Executivo não terá liberdade para realocar parte desses recursos em outras áreas caso necessite. Oposição afirma que, por isso, a capacidade de o governo investir em políticas públicas nacionais pode ser afetada.

No mandado, os parlamentares argumentam que a Constituição prevê apenas as emendas individuais e de bancada como impositivas e que, portanto, tornar obrigatória a execução das emendas de relator só pode ocorrer por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Eles também afirmam que a aprovação definitiva do relatório, da forma como está escrito, acarretará em “dano irreparável ao princípio constitucional da segurança jurídica”.

O grupo, autor do mandado de segurança ao STF, solicita que, “face o flagrante atentado praticado contra a Constituição”, o STF suspenda de forma liminar o artigo do relatório que trata das imposição dessas emendas e ainda ressalta o caráter de urgência da ação, uma vez que a LDO deverá ser votada pelo Congresso Nacional até o dia 17 de julho.

Gabinete Compartilhado

O Gabinete Compartilhado do Movimento Acredito foi idealizado ainda em 2018 pelos (as) parlamentares Alessandro Vieira, Felipe Rigoni e Tabata Amaral, com o objetivo de avaliar, analisar e/ou criar – de maneira técnica – ações conjuntas ou matérias de interesse dos parlamentares. Com isso, o Compartilhado é uma estrutura que não gera só economia, mas resultados efetivos, sendo considerado uma medida de inovação no Legislativo.

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