Senado aprova projeto de prevenção ao suicídio entre profissionais de segurança

Senado aprova projeto de prevenção ao suicídio entre profissionais de segurança

Foto: Agência Senado

O Senado Federal aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (06), o projeto de lei 4.815/2019, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que garante ações de prevenção da depressão e ao suicídio entre os policiais – incluindo-as no Programa Nacional de Qualidade de Vida para Profissionais de Segurança Pública (Pró-Vida). Os profissionais da segurança pública trabalham diariamente sob forte pressão. Apesar da carência de dados oficiais, pesquisas brasileiras e estrangeiras têm demonstrado que o risco de suicídio entre policiais é cerca de duas vezes maior do que a média geral da população. O projeto, aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em 2019, foi relatado no plenário pelo senador Jorge Kajuru.

Durante a sessão, Alessandro comemorou a aprovação da matéria: “O mais importante é cuidar desse setor do serviço público tão importante! É referendado por pesquisas em todo o mundo o nível de estresse dos trabalhadores da segurança publica. Um trabalho extremamente sacrificado, pouco reconhecido na sociedade por problemas do passado, por problemas, eventualmente, na formação da imagem das polícias e que resulta numa pressão que gera toda essa situação triste, de casos de suicídio que se reiteram e problemas de dependência química. Isso tudo precisa ser cuidado, precisa ser tratado, porque é em benefício da sociedade que esses homens e mulheres trabalham”.

Além de policiais, o Pró-Vida abrange os demais profissionais de segurança pública e de defesa social. O projeto estabelece a publicação anual de dados sobre transtornos mentais e suicídio entre esses profissionais. De acordo com o 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de 2019, foram registrados 104 suicídios de policiais civis e militares em 2018. Esse levantamento revela, inclusive, que o número de policiais vítimas de suicídio é superior ao de policiais assassinados.

O senador Alessandro Vieira destacou que a exposição contínua à violência pode tornar o indivíduo mais vulnerável às doenças psíquicas, à dependência química e às afecções psicossomáticas. “No entanto, por questões culturais e institucionais, esses profissionais quase nunca conseguem auxílio dentro de suas corporações, onde enfermidades psiquiátricas, tais como depressão e ansiedade, muitas vezes são vistas como sinais de fraqueza ou de falta de comprometimento profissional”, pontua.

Share on whatsapp
Share on email
Share on twitter
Share on facebook
Share on telegram
Share on print

Construa o mandato conosco

Quero deixar um canal de escuta e conversa aberto aqui com você!